Foto onde cinco crianças estão tocando instrumentos, três estão tocando pandeiro e duas estão tocando tambor.
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Samba de roda mirim de Saubara

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Hoje fomos conhecer o grupo de Samba de Roda Mirim de Saubara, uma cidade vizinha de Acupe.

Dona Anna é sambadeira das antigas. Rodou sua saia e sua voz entre o que há de melhor no samba de roda do Recôncavo Baiano. Hoje seu corpo pede quietude e remédios caros para se reerguer de um AVC.

Isso não a impede, porém, de reunir crianças do Samba de Roda Mirim de Saubara, em sua sala, sentadas em tocos de madeira com flores esculpidas e pintadas.

Chega um menino, entra, ela lhe oferece um pandeiro, ele aceita e sai para chamar o outro que mora na rua de cima. Vem mais um, senta sem precisar ser convidado, entra a menina que toca prato, se ergue para achar a chave que abre a porta do quarto onde ficam os instrumentos, e, assim, a música se faz sob o olhar de Dona Anna e da câmera atenta do David.

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O percurso das mãos dessas crianças combina com seus olhares desatentos e suas canções sorridentes.

Esses meninos e meninas de 7 a 14 anos estão disponíveis para a música, para o ritmo e para a cultura que circula livremente entre eles.

Permanecem tocando até que um adulto relembre que hoje é quarta-feira e está na hora de voltarem para casa para almoçar, pois precisam ir para a escola.

Na verdade, eu acho que a escola é que deveria vir até aqui, na sala de Dona Anna, e compartilhar desse samba e dessa cultura, que vai além dos livros e lousas.

Texto e fotos: Renata Meirelles

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